Vou falar de novo de assunto aqui. Já falei outra vez, quando decidi não voltar a trabalhar após o nascimento do Henry. Porém o tempo passa, e as idéias vão amadurecendo.
Emitir uma opinião sobre o assunto, tão polêmico, assim que ele acontece é uma coisa, emitir uma opinião tempos depois é outra.
Vamos lá:
Voltar ao trabalho ou não após o nascimento do filho. Tudo tem prós e contras, portanto, não pense que decisão será melhor, pois ambas exigirão sacrifício e te darão uma certa satisfação. O que se tem que levar em conta são as circunstâncias e os seus valores, como pessoa e como família.
No meu caso, eu já não era muito fã do trabalho que vinha realizando, mais especificamente do ambiente de trabalho, da empresa, extremamente perversa e competitiva. Já planejava (e desejava! o mais importante) não trabalhar mais nesse formato- carteira assinada, ponto pra bater, chefe para tolerar, cobranças para atender.
Em função disso, simultaneamente busquei uma outra opção, e na semana em que fiquei sabendo que estava grávida, também soube da aprovação em um mestrado na universidade federal. Levei o trabalho, a gravidez e o primeiro ano de mestrado tudo junto!
Somado à esse novo caminho que começou a se desenhar para minha vida profissão, não tenho família aqui em Curitiba que possa me dar um apoio nos cuidados com o Henry, e a empresa que trabalhava ficava há uma hora de distância da minha casa.
Foi assim, uma conjunção de fatores que me levaram a decidir não voltar a trabalhar, não foi apenas uma decisão, a vida foi mostrando as opções (sinais sutis). Contudo, é difícil se libertar do monstro do 'salário', reinventar a vida num outro formato - como mãe, dona-de-casa. Hà a solidão nesse trabalho, não há colegas de trabalho. A sensação de um certo vazio e de estar 'desconectada' do mundo, como se todos tivessem passado a sua frente e você ficou para trás. Por não ter voltado a trabalhar, somente agora, após um ano de vida do Henry é que sinto que a vida começa a voltar o normal, aquela sensação de dieta, pós parto, retomada, se extendeu mais do que pos 5 meses de licença.
Volte e meia eu paro pra pensar em como seria SE.... não conseguiria viver com a culpa de não estar cuidando do meu próprio filho, isso seria muito sofrido. Não conseguiria conciliar o meu cansaço do dia de trabalho com a necessidade de dar atenção a ele. Apesar de toda dificuldade, estranheza e rotina que enfrento hoje... poderia ser muito pior.
Mas essa decisão eu só pude tomar em total acordo comigo mesma, com minha consciência em primeiro lugar, e com meu marido que sempre me apoiou. Hoje, eu ganho uma bolsa de estudo do mestrado que me permite deixar o Henry meio período numa escolinha bem pertinho daqui de casa, desde os 10 meses de idade, e nesse período me dedico aos estudos e outras atividades, o que tem me feito muito bem!
Tenho planos profissionais pro futuro SIM, nosso padrão de vida alterou muito SIM, sou muito criticada pela minha família SIM (por ter 'largado a carreira'), sofro preconceito de outras mulheres SIM.
Mas essa são algumas consequencias dessa minha escolha.
Tenho planos profissionais pro futuro SIM, nosso padrão de vida alterou muito SIM, sou muito criticada pela minha família SIM (por ter 'largado a carreira'), sofro preconceito de outras mulheres SIM.
Mas essa são algumas consequencias dessa minha escolha.
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